Preconceito linguístico no Brasil.
O Brasil é um país miscigenado com influências
linguísticas de diversos países. Na era colonial os portugueses trouxeram com
eles seus sotaques e costumes, como influência disso, a língua padrão dos colonizadores
sofreram alterações com o tempo, devido a influência dos povos indígenas,
africanos, italianos, por exemplo, que compõem a população brasileira hoje.
Cada região brasileira tem um sotaque diferente, como,
nas regiões Norte, Sul, Centro-oeste etc, cada região tem uma maneira de falar
com sotaques e gírias de cada lugar, porém existe a norma culta que é entendida
por “todos”. Muitos brasileiros pela falta de oportunidade ou de condições não
tem acesso à educação mínima o que leva a taxa de 6,8% da população serem
analfabetos, segundo uma pesquisa do IBGE.
A principal consequência do preconceito linguístico é a
acentuação dos demais preconceitos a ele relacionados, como as diferenças entre
as classes sociais. É notável que indivíduos de classe baixa com menos acesso à
educação de qualidade e livros, falam com termos inapropriados de acordo com a
norma culta, enquanto indivíduos de classe alta com acesso à educação de alta
qualidade, internet, livros e mais informações tem um vocabulário mais culto e
formal. Indivíduos que migram de uma região para a outra com um sotaque
diferente, pelo simples fato deles apresentarem sotaque de uma determinada
região continuará sendo visto de forma estereotipada, sendo motivo de riso ou
de piadas por certas pessoas, isso ocorre porque os indivíduos são ensinados a desmerecerem a
diversidade da linguagem, seja pela família e amigos, seja pela cultura
regional na qual o cidadão está inserido. Uma representação atual são os
relatos de "bullying", na internet, de sulistas contra nordestinos,
motivados pela forma com a qual os sertanejos se expressam. Desse modo, é
essencial estimular mudanças comportamentais nos adultos para que os jovens não
herdem essas atitudes arcaicas, assim, haverá uma evolução no respeito ao próximo,
o qual, ainda, é deficitário.
Portanto, convém, que o
Ministério da Educação prepare aulas extras de literatura, as quais impulsionem
o estudo e a leitura de diversos autores com diversas formas de linguagens,
podendo distribuir gratuitamente livros para a população de baixa renda e
comunidades carentes, dando também palestra com o objetivo de incentivar a
leitura. Nesse sentido, o objetivo dessas leituras é a de incitar a aceitação dessas
variantes do português e conseguir, o respeito de todas as relações.
(Thaiza – 3ª Série do
Ensino Médio Noturno – Escola Estadual)
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